sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Maranhão: Intransigência do governo Flávio Dino! Continua a ocupação de indígenas na sede da SEDUC/MA de Barra do Corda.

Leia a nota a seguir:


NOTA PUBLICA

O Conselho Territorial Indígena Kreepym Kateje e o povo krenyê estamos acampados na Unidade Regional de Barra Do Corda (URE) desde o dia 09 de novembro 2017, vinhemos por meio desta nota publica, comunicar que qualquer ato que o nosso povo venha a sofrer é de total responsabilidade da SEDUC e do governo do Estado do Maranhão. 
O CONSELHO diante da intransigência de não atender nossas demandas principalmente em relação a mudança de local pra construir a Escola Digna em um local neutro para que todos participem da gestão, organização e PPP para contemplar todos os alunos da TI Geralda Toco Preto, que por sua vez atenderá a necessidade maior de organização dentro do nosso território, estamos decididos a manter a ocupação até o Estado respeitar e acatar nossas decisões, pois qualquer ato de violência e ameaça é de responsabilidade da Secretaria de Educação do Estado do Maranhão (SEDUC). 
Nossos anciãos que aqui estão conosco com mais de 80 anos, já debilitados não iriam apoiar nossas demandas em prol da comunidade e coletividade, se nossas demandas não fossem sinceras, mesmo todos dormindo ao relento em cima de papelões. 
Incansavelmente, eles sempre nos dando força dizendo: “não desista, pois já estou dessa idade e nunca vi uma educação de qualidade dentro do nosso território, estamos muitos esperançosos, chega de tanto sofrer, não vamos esperar de braços cruzados, não está sendo fácil essa luta, mas vamos até o fim. E se ao final ou no meio da luta morrermos isso não nos importa pois, estamos garantindo o futuro das nossas gerações, e assim manteremos viva a nossa história”. 
Não está sendo fácil a luta por uma educação especifica e diferenciada para o povo Kreepym Kateje, e o Estado vem se impondo à nossa autonomia, já chega dos outros dizerem o que precisamos e necessitamos, sem conhecer nossa realidade. 
Somos autônomos e livres e temos o poder e direito de decisão sobre nós mesmos, pedimos apoio e sensibilidade de todos, o estado está nos massacrando, nos torturando lentamente, querendo nos vencer pelo cansaço, pelas condições desumanas que nos encontramos. 
RESISTIREMOS!


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