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| Foto - “Sayráh” era educando do Projeto de Educação Ka’apor. |
Matéria publicada originalmente em Vias de Fato.
Na quinta-feira, dia 27 de abril de 2017, mais um indígena foi assassinado no Maranhão. Segundo informações dos indígenas, a vítima era conhecida por “Sayráh” (foto) e era educando do Projeto de Educação Ka’apor. Ele teria sido agredido por não índios que o esfaquearam no abdômen. O crime aconteceu no povoado Betel, próximo á sua aldeia, no município de Araguanã.
Os indígenas denunciam também o descaso do Pólo Base de Saúde de Zé Doca, que não socorreu a vítima no dia da agressão.
O povo Ka’apor vive em constante luta para proteger a Terra Indígena Alto Turiaçu de madeireiros e fazendeiros. Há exatos dois anos, o líder indígena, Eusébio Ka’apor, foi assassinado covardemente com um tiro nas costas por dois homens encapuzados. Até hoje as investigações continuam paradas e os assassinos estão livres.
Em fevereiro de 2016, Iraúna Ka’apor de apenas 14 anos, foi sequestrada, ela foi vista pela última vez em um acampamento de madeireiros.
Toda essa violência é fruto da destruição das florestas, exploração ilegal da madeira, descaso do poder público e do abandono da justiça que insiste em ignorar o sangue indígena derramado.
Enviado para Combate Racismo Ambiental por Isabel Carmi Trajber
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