segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Mortes violentas já são 10 por cento do total óbitos no Brasil, tendo crescido 3,8 pontos percentuais em quatro décadas.


Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil

Foto - Assaltantes mortos ontem à noite.
Nas últimas quatro décadas, a proporção de óbitos violentos no país, em relação ao total registrado, cresceu 3,8 pontos percentuais, passando de 6,4% em 1974 para 10,2%, em 2014. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados hoje (30), mostram ainda que a maioria (84,2%) das vítimas de mortes violentas é formada por homens, com idade entre 15 e 24 anos, e 16,8% são mulheres, na mesma faixa etária.

Apesar do aumento registrado no númerto total de óbitos violentos, a gerente da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, Cristiane Moutinho, ressalta a “significativa” queda de mortes por causa violenta em alguns estados do país. “É preciso destacar que houve realmente uma variação muito grande por unidade da Federação, com reduções significativas em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rondônia, Roraima, Pernambuco e Acre, nesta faixa etária [de 15 a 24 anos]”.

Foto - Assaltantes mortos ontem à noite.
Na outra ponta, a pesquisadora do IBGE destaca o Ceará como o estado onde houve maior aumento do percentual de mortes por causas violentas, principalmente na faixa etária entre 15 e 24 anos. “Quando você olha para o Ceará, por exemplo, o aumento de mortes por causas violentas nesta faixa etária chegou, na última década, a 224,4% na última década. Houve também aumento no número de mortes por causas violentas nos estados da Bahia, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte e Piauí, tanto entre as pessoas do sexo masculino quanto feminino”.

Os dados da pesquisa indicam, por exemplo, que a queda da mortalidade masculina por causas violentas no Rio de Janeiro chegou a cair 38,2 pontos percentuais, passando de 131,5, a cada 100 mil homens, para 93,3. Em São Paulo, o índice caiu 34,1 ponto percentual (de 125,7 para 91,6, a cada 100 mil homens). 
Já em Alagoas, o índice mais que dobrou ao subir 87,8 pontos (de 73 para 160,8, a cada 100 mil), enquanto no Ceará a variação foi 72,2 pontos, passando de 69,3 para 141,5 a cada 100 mil homens, nas últimas quatro décadas.

Com a publicação de hoje, a pesquisa Estatísticas do Registro Civil completa 40 anos desde o início da divulgação de informações sobre o tema no Brasil, em 1974, quando o Instituto assumiu os encargos de coletar, sistematizar e divulgar os dados remetidos pelos Oficiais dos Cartórios do Registro Civil de Pessoas Naturais.

Segundo o IBGE, essas informações são “de suma importância, já que esses eventos permitem construir Tábuas de Mortalidade que irão subsidiar as projeções populacionais por método demográfico". O instituto lembra que nesses 40 anos, o país passou por mudanças profundas nas componentes da dinâmica demográfica, principalmente em relação aos níveis e padrões de fecundidade e de mortalidade, "influenciando significativamente a composição por sexo e idade da população brasileira".
Edição: Denise Griesinger.

EM TEMPO: "O Jornal O Estado do Maranhão que circula hoje traz a triste notícia que  no ultimo final de semana registrou-se 11 homicídios, e que somente no mês de Novembro do corrente ano, contabilizou-se um total de 83 assassinatos na grande Ilha de São Luís
  

São Luís. Passageiro mata a tiros dois assaltantes de ônibus na Estrada de Ribamar na ultima noite domingo.

Dois assaltantes se deram mal durante uma tentativa de assalto a um ônibus que faz linha para São José de Ribamar, na noite de domingo(30). 

Os dois foram atingidos por tiros disparados por um passageiro do ônibus, no momento em que desceram do ônibus, nas proximidades da empresa Taguatur, na MA-201. 

Informações passadas ao blog dão conta de que a pessoa que atirou seria da Polícia Civil, mas os policiais militares que estiveram no local não confirmam a autoria dos disparos. Um terceiro assaltante teria conseguido fugir do local.

Os assaltantes entraram no ônibus das proximidades do retorno da Forquilha, anunciando o assalto instantes depois. 

Ordenaram ao motorista que parasse o ônibus nas proximidades de um matagal localizado à margem da MA-201, em frente à Taguatur.

Armados de pistola, os assaltantes deram uma ‘geral’ nos cerca de 20 passageiros que estavam no coletivo, promovendo momentos de pânico e ameaçando disparar a todo instante.

Em seguida, quando desceram do ônibus e se preparavam para a fuga, foram surpreendidos por tiros disparados por um dos passageiros que aguardou o momento exato para agir.

Brasil. Procuradoria Geral da República investiga pagamento de propina de R$ 45 milhões do Banco BTG ao Deputado Federal Eduardo Cunha do PMDB.


Foto - Brasil 247.

Documento apreendido pela Procuradoria Geral da República (PGR) dá conta de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, recebeu R$ 45 milhões do Banco BTG Pactual, de André Esteves, em troca da aprovação de uma emenda provisória para beneficiar o banco em 2013; a anotação foi encontrada por agentes da Polícia Federal na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, e preso com ele na quarta-feira em decorrência da Operação Lava Jato; "Em troca de uma emenda à medida provisória nº 608, o BTG Pactual pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de 45 milhões de reais", diz o documento; Cunha diz que "é um absurdo" o papel ligando seu nome ao recebimento de dinheiro por parte do BTG. 
29 DE NOVEMBRO DE 2015 ÀS 21:52

247 - Documento apreendido pela Procuradoria Geral da República (PGR) dá conta de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu R$ 45 milhões do Banco BTG Pactual em troca da aprovação de uma emenda provisória para beneficiar o banco.
A anotação foi encontrada por agentes da Polícia Federal na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), e preso com ele na quarta-feira (25) em decorrência da Operação Lava Jato.
Segundo os investigadores, o documento faz parte de um conjunto de papéis que possivelmente constituía um roteiro de ação de Delcídio junto a ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo (STF) para tentar soltar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que também está preso pela Lava Jato.
No verso, conforme publicação da Folha de São Paulo, há um escrito com referência ao BTG. A PGR, contudo, não diz se é uma anotação manuscrita.
"Em troca de uma emenda à medida provisória nº 608, o BTG Pactual, proprietário da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os créditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de 45 milhões de reais", diz o documento.
A anotação diz ainda que também participou da operação o executivo do BTG Pactual Carlos Fonseca e uma outra pessoa, chamada Milton Lira.
"Esse valor também possuía como destinatário outros parlamentares do PMDB. Depois que tudo deu certo, Milton Lira fez um jantar pra festejar", diz o texto, que diz que Cunha e Esteves participaram desse encontro.
Aprovada no Congresso em 2013 (Cunha ainda não era presidente da Casa), a MP trata de operações bancárias, e um artigo dela pode ter beneficiado diretamente o BTG Pactual.
O BTG comprou o antigo banco Bamerindus em janeiro de 2013 por R$ 418 milhões. O maior ativo do banco que sofreu intervenção em 1997 e estava em liquidação extrajudicial eram seus créditos tributários, cerca de R$ 1,5 bilhão, o que permitiu ao BTG reduzir os impostos a pagar.
Cunha nega as acusações: "absurdo"
Eduardo Cunha diz que é "um absurdo" o papel ligando seu nome ao recebimento de dinheiro por parte do BTG Pactual para alterar a medida provisória de interesse do banco. "Parece armação", disse o peemedebista à Folha de São Paulo.
Cunha afirmou também que não conhece o chefe de gabinete de Delcídio do Amaral, Diogo Ferreira, em cuja casa foi apreendido o papel. O peemedebista afirma que ele, Ferreira, é quem deve explicações sobre o escrito.
Seu advogado no caso Lava Jato, Antônio Fernando de Souza, disse no começo da noite de domingo que só poderia avaliar o documento caso ele esteja oficialmente em algum processo referente a Cunha.

domingo, 29 de novembro de 2015

O “Exército Islâmico” que tem as bênçãos dos Estados Unidos da América.

Foto - Saudi.jpg
Política. Texto de  · 28/11/2015. - Conduzida com inesperada habilidade por Vladimir Putin, a posição de liderança da Rússia nos conflitos no Oriente Médio vem crescendo no Ocidente.

Os Estados Unidos, mesmo com a experiência de mais de uma década de ocupação no Afeganistão e no Iraque, ao contrário, têm cada vez mais dificuldades em serem vistos como uma força capaz de pacificar a região.

Também aqui são cada vez mais frequentes as vozes que se levantam contra a situação absurda a que não apenas aquelas duas guerras levaram, mas à política de demolição do Estado Sírio e, ao contrário, o suporte absoluto ao regime medieval da Arábia Saudita, ao fim e ao cabo a grande fonte de suporte do terrorismo do Exército Islâmico.

Hoje, há dois textos que creio, todos deveriam ler. Deles, separo alguns trechos, mas recomendo a leitura integral, para quem quer entender melhor a barbárie do que acontece lá, sob as bençãos do  Ocidente “civilizado”.

O primeiro, é de Guga Chacra, ótimo correspondente do Estadão. Ele faz o interessante exercício de buscar suas próprias previsões do início da crise síria. E as compara ao quadro atual. “(…) decidi ver o que eu escrevi sobre a Guerra da Síria quando estava em Damasco quatro anos atrás. O texto segue abaixo e, claramente, já se delineava o atual contorno do conflito como observamos hoje. Noto que o temor na época era o de a Síria se tornar um novo Iraque ou um Líbano dos anos 1990. Virou e até ficou pior. Bashar al Assad tinha apoio dos cristãos, alauítas, drusos e sunitas moderados das grandes cidades. Continua tendo. A oposição era formada por sunitas conservadores do interior e um crescente número de estrangeiros. Ainda é assim. Assad não iria cair. Não caiu. Enfim, leia o relato que escrevi em outubro de 2011. Enfim, o panorama da Guerra da Síria era óbvio e é lamentável que as grandes potências tenham errado tanto e permitido a radicalização da oposição, que culminaria no surgimento do ISIS (Daesh ou Grupo Estado Islâmico) e outras facções radicais como a Frente Nusrah (Al Qaeda na Síria) e Jaysh al Islam". (o texto continua aqui)

O segundo – Arábia Saudita é o Estado Islâmico que o mundo tolera -, em O Globo, é da experiente Ana Carranca, com vasta experiência de cobertura jornalística na região: Enquanto a comunidade internacional reage horrorizada às ações do EI (“Exército Islâmico”), transmitidas como parte de sua propaganda, o regime saudita pratica quase sem oposição ações tão repugnantes quanto às dos terroristas — talvez ainda mais repulsivas porque cometidas por um Estado legal, que não apenas faz parte do sistema ONU como assumiu em outubro posição de comando no Conselho de Direitos Humanos da organização, em uma decisão escandalosa. (…) O primeiro (EI) corta gargantas, mata, apedreja, decepa mãos, destrói a herança comum da Humanidade e despreza arqueologia, mulheres e não muçulmanos. O último (Arábia Saudita) é mais bem vestido e organizado, mas faz as mesmas coisas”, escreveu o jornalista argelino Kamel Daoud, em artigo no “New York Times”. “Em seu esforço contra o terrorismo, o Ocidente promove a guerra contra um, mas aperta as mãos do outro.”

Uma política, como a americana, que não admite a negociação com um Estado laico e moderado (certamente que com deformações em relação a nossos modelos ocidentais) e que apóia, política econômica e, sobretudo, com farto armamento a outro, que pratica e subvenciona o fundamentalismo mais radical, não pode funcionar, como não funciona.

Óbvio que Putin o percebeu. Óbvio que o mundo o percebe e até a dócil Europa dá cada vez mais suporte à ação russa, apesar de todas as resistências que tem ao grande urso.

O que falta para os norte-americanos que estão indo ao suicídio diplomático?


PS. Quem tiver dúvidas (e estômago muito forte) procure na internet o vídeo de uma mulher, conduzida por militares sauditas para ser decapitada em plena rua, a espada. 

Se não tiver estômago, veja como o país prepara uma decapitação coletiva de 50 pessoas, que vão se somar às 151 que tiveram seus pescoços cortados, este ano, pelo país que, inacreditavelmente, ocupa a presidência do Conselho de Direitos Humanos da ONU

É coisa para terrorista nenhum botar defeito.

Brasil. Entidades repudiam ataques a templos de religiões de matriz africanas.

André Richter – Repórter da Agência Brasil.
Brasília - O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do MP do DF, abriu processo administrativo para apuração do incêndio no terreiro de Ylê Axé Oyá Bagan, dirigido por Mãe Baiana.(Valter Campanato/Agência Brasil)
O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do Distrito Federal abriu processo administrativo para apuração do incêndio no terreiro de Ylê Axé Oyá Bagan, dirigido por Mãe BaianaValter Campanato/Agência Brasil.
Entidades que representam a cultura afro-brasileira fizeram hoje (28) no Distrito Federal um ato religioso para repudiar os recentes ataques a terreiros de candomblé em Brasília e nas cidades localizadas no entorno da capital federal. O mais recente deles ocorreu na madrugada da última quinta-feira (27) no Núcleo Rural Córrego do Tamanduá, no Paranoá, região administrativa do Distrito Federal (DF) que fica a cerca de 20 quilômetros da região central de Brasília. O fogo destruiu o barracão onde os membros do terreiro Axé Oyá Bagan se reúnem, mas ninguém ficou ferido. Os crimes são investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.

Em meio a pedaços de madeira queimada e instrumentos musicais destruídos, os membros do terreiro se reuniram para afirmar que não vão tolerar os atos de vandalismo. Em três meses, este foi o quinto ataque a templos de religiões de matriz africana no Distrito Federal e no entorno. Também participaram do ato representantes da Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF)  e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Segundo o ouvidor da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República, Carlos Alberto de Souza, os templos ligados às religiões africanas da capital federal têm sido alvos frequentes de vandalismo, tipo de crime que, para ele, não pode ser considerado somente dano patrimonial, porque, além dos danos nas instalações físicas, todos os objetos ligados à religiosidade são destruídos.

"Nosso país é laico. Não pode interferir nas religiões, mas também não pode embaraçá-las. É importante que o Estado olhe para isso, sobretudo com políticas públicas para a comunidade, porque, aqui, tem ancestralidade sendo posta, não é somente uma questão de religião. Tem uma cultura que deve ser preservada e não pode ser alvo de violência. É algo assustador, e a gente precisa reagir", disse.

Na avaliação da presidenta da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, o que está em discussão não são somente os atos de violência, mas a negação, pela sociedade, de um patrimônio ancestral do Brasil. "A gente entende que é um movimento recorrente. O Estado brasileiro e o governo têm que tomar uma atitude. Qualquer religião brasileira tem direito de ser resguardada pela segurança nacional, e o terreiro também tem que ser. A gente vem aqui para reafirmar a importância de reconhecer esta religião como outra qualquer", disse Cida Abreu.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) registrou 462 casos de intolerância religiosa contra pessoas ligadas às religiões africanas entre 2011 e 2014, por meio do serviço telefônico Disque 100. Para entrar em contato com a central de atendimento e denunciar violações de direitos humanos basta ligar gratuitamente para o número 100.

Edição: Maria Claudia.

Guerra da Síria. Combate em terra, site forte.jor.br, mostra fotos de fuzileiros navais e veículos militares em ação no solo Sírio.

O site http://www.forte.jor.br/2015/11/28/siria-russos-combatem-no-solo-tambem/.   publicou  fotos mostrando a entrada de tropas russas na guerra em solo, leia a matéria. 

Foto - T-90-na-siria-2.jpg

"Um jornalista pró-governo sírio publicou fotos em seu Twitter do que eventualmente seriam forças terrestres russas em ação na Síria. Em conjunto com o Exército Sírio comandado pelo [Presidente] Bashar Al-Assad, essas forças teriam atacado rebeldes sírios nas localidades de Sakhl al-Gab, entre Latakia e Idlib no norte da Síria.

Foto - T-90-na-siria-2.jpg.
Segundo o jornalista sírio a força é comparável a um batalhão e foram apoiadas por intenso fogo de artilharia, incluindo armamentos de tubos e foguetes de saturação de área. A ação contou com apoio aéreo aproximado de jatos de ataque Su-25M.

Foto - tropas-russas-na-siria.jpg.

As forças russas seriam de Fuzileiros Navais apoiados por carros de combate T-90 e transporte de tropas BTR-80 ou BTR-82.

Foto - T-90-na-siria-4-640x410.jpg
É interessante notar que as fotos do T-90  mostram as antenas (uma de cada lado do canhão) do sistema de proteção ativa Shtora, cujo objetivo é confundir o guiamento de mísseis anticarro, telêmetros a laser e designadores de alvos".

sábado, 28 de novembro de 2015

Guerra. Rússia reserva-se o direito a uma "resposta militar" contra a Turquia em consequência da derrubada do Caça SU- 24.

Foto - Desfile Tanques T-90 do Exército Russo.


O presidente da câmara baixa do Parlamento russo (Duma), disse que Moscou se reserva o direito de lançar uma operação militar contra a Turquia, em resposta à derrubada de seu avião pelo exército turco. "A Rússia tem o direito a uma resposta militar", disse Sergei Naryshkin durante uma entrevista sexta-feira na cadeia romeno Digi24.

A Rússia tem o direito a uma resposta militar ", disse o presidente da câmara baixa do Parlamento russo (Duma), Sergei Naryshkin.

O funcionário russo, depois de afirmar que o que aconteceu na terça-feira na fronteira turco-síria é um assassinato intencional de soldados russos, enfatizou que este crime deve ser punido. "Nós sabemos quem fez isso e deve ser julgado", acrescentou Naryshkin acrescentou que "ao mesmo tempo, a resposta do lado russo vai certamente ser seguido de acordo com o direito internacional (...)", então.

Naryshkin disse que o Kremlin está a estudar medidas econômicas contra a Turquia e a alocação de recursos militares adicionais para aumentar a segurança de seus aviões de guerra para voar sobre a Síria.

Ele também indicou que alguns dos meios militares extras derivou na quinta-feira os sistemas antiaéreos S-400, implantados na Síria para manter vôo seguro de caças russos para atacar a infra-estrutura do grupo terrorista EIIL (Daesh, em árabe) e outros takfiríes gangues operando na Síria.

As relações Moscou-Ancara estão em uma fase crítica depois que caiu na terça-feira um tipo de aeronave Su-24 russo após ser atacado por dois turcos caças F-16 em uma aldeia síria perto da fronteira com a Turquia.

Foto - Lugar presumido caiu russo Sukhoi Su-24 abatido pela aviação turca.


Sexta-feira, também, fontes do Kremlin têm revelado que o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou o pedido de seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, para uma "face a face" reunião.

Enquanto isso, o comandante da Força Aérea da Rússia, coronel-general Viktor Bondarev determinou que turco ataque caça russo era uma "emboscada".

ALG / NCL / RBA

Guerra da Síria. Piloto russo foi resgatado por combatentes do Hezbollah, comandos russos e forças do general Soleimani do Irã.

"O incidente da 3ª-feira – e a operação de resgate do piloto russo –

podem ter consolidado o eixo Rússia-Irã-Síria-Hezbollah no plano operacional,
em grau que, semana passada, seria ainda impensável" "A rede do terror turco entrou na alça de mira da Rússia", 27/11/2015, MK Bhadrakumar.

Foto - MAIN-Major-General-Soleimani.jpg












Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu.

Fontes russas revelaram na 5ª-feira que o piloto do SU-24 russo atacado pela Turquia e derrubado sobre a Síria na 5ª-feira passada foi resgatado pelo famosíssimo comandante do Corpo dos Guardas da Revolução Iraniana, major general Soleimani.

Na 3ª-feira, um jato SU-24 russo foi derrubado em território sírio. O presidente Vladimir Putin da Rússia disse que o avião foi derrubado por míssil ar-ar disparado de um jato turco F-16 sobre território sírio, e caiu a 4 quilômetros de distância da fronteira turca.

A tripulação do jato russo conseguiu ejetar-se e um piloto foi assassinado por fogo do solo, segundo o alto comando russo. O copiloto capitão Konstantin Murahtin sobreviveu. Mas ainda não se conhecia a história de como o capitão Murahtin sobreviveu, numa área de dezenas de quilômetros, infestada de vários grupos terroristas.

Emad Abshenas, repórter da rede estatal russa de notícias Sputnik, publicou afinal, no website em idioma persa da agência russa, a história contada por alto oficial sírio.

"Fiz contato com um oficial sírio meu velho amigo, que está agora em Latakia, e pedi-lhe que me contasse a história do resgate do capitão Konstantin Murahtin. Aqui vai o que ele respondeu" – escreveu Abshenas.

Depois de o jato russo ter sido derrubado, imediatamente decolaram vários helicópteros russos, com a missão de resgatar os pilotos, mas enfrentaram fogo pesado do Exército Sírio Livre [os chamados "rebeldes moderados" que o 'ocidente' apoia) e dos turcomenos apoiados pela Turquia, que atacaram os helicópteros com mísseis e armas avançadas que receberam recentemente. Nessa operação, foi morto um soldado russo.

Já havia informação confiável de que várias unidades turcas haviam sido mandadas para a cena para prender o piloto russo, elemento de alto valor em qualquer tipo de chantagem que os turcos planejassem fazer contra a Rússia.

Enquanto os russos se organizavam para novas operações para localizar e libertar o piloto, foram contatados pelo general Soleimani que lhes propôs que se formasse uma força tarefa que reunisse forças especiais do Hezbollah e comandos sírios que haviam sido treinados pelo Irã e conheciam perfeitamente aquela região e a situação geográfica na qual teriam de operar; essa força tarefa operaria em solo, com cobertura aérea e inteligência de satélite que os russos garantiriam.

Soleimani prometeu que traria o piloto russo são e salvo; e o que prometeu, fez, como contou o oficial sírio.

Depois de rastreado e localizado o capitão russo pelo GPS que carregava, soube-se que o capitão permanecia num ponto localizado 6km atrás das linhas de contato entre o exército sírio e o inimigo.

Seis combatentes da unidade de operações especiais do Hezbollah e 18 comandos sírios aproximaram-se da linha de frente para executar a missão, enquanto a força aérea e helicópteros russos atacavam com fogo total na região e destruíam o quartel-general dos terroristas. Com isso, a maioria das forças terroristas ativas naquela região fugiram, o que abriu caminho, pelo solo, para o avanço das unidades especiais.

O oficial sírio acrescentou que cada movimento das unidades especiais em solo foi monitorado e acompanhado com precisão pelos satélites russos, de modo que qualquer movimento que se observasse a 100 metros da área de operação era informado às unidades em solo, e cada movimento das unidades em solo era informado ao comando de alto nível no Kremlin (meu amigo supõe que o presidente Putin estivesse presente na sala de operações); Moscou monitorou por satélites dedicados cada passo das forças em terra.

Segundo o mesmo oficial sírio que pediu que seu nome não fosse divulgado, a operação dali em diante converteu-se em caçada aos terroristas pela Força Aérea Russa do céu, e avanço das unidades de guerra de solo comandadas pelo general Soleimani até onde estava o piloto russo a ser resgatado.

O oficial sírio acredita que os russos também lançaram simultaneamente forte movimento de guerra eletrônica, que tornou inoperantes os satélites e equipamentos de comunicação em área de vários quilômetros em torno da zona de operações, e quando o inimigo se deu conta de que algo se passava, o resgate já estava concluído e bem-sucedido. A guerra eletrônica foi lançada também, porque os russos tinham certeza de que quaisquer satélites 'ocidentais' naquela área vazariam para os terroristas informes que obtivessem sobre o andamento da operação de resgate.

Em resumo, a unidade especial salvou o piloto russo depois de penetrar com sucesso até 6 km atrás das linhas inimigas; foram mortos terroristas ali atuantes e todo o equipamento de alta tecnologia com o qual os terroristas operavam foi destruído.

A destacar que todos os 24 soldados dessas unidades especiais e o piloto retornaram às respectivas bases sem qualquer baixa ou ferimento, depois de completada essa perigosa missão.

Ainda segundo o mesmo oficial sírio, uma das razões do sucesso dessas operações foi a diferença dos objetivos dentro das fileiras inimigas: o governo turco queria capturar o piloto vivo, para usá-lo como item de chantagem, e os terroristas ativos naquela área queriam capturá-lo para queimá-lo vivo publicamente, como fizeram com o piloto jordaniano, o que, para eles, paralisaria de medo os pilotos russos. Essa diferença de objetivos e procedimentos facilitou a ação da força-tarefa de resgate, de russos-Hezbollah-comandos de Suleimani, porque os terroristas (a serviço da Turquia e outros) jamais imaginaram que fosse possível planejar e executar tão rapidamente a operação – porque esse tipo de operação, naquelas circunstâncias objetivas, exigem planejamento extremamente complexo.

O oficial sírio disse que o próprio general Soleimani insistiu em supervisionar todos os detalhes das operações, comandou-as pessoalmente, e só deixou a sala de operações e retirou-se para descansar, depois que a missão chegou a bom termo.


Na sequência, Abshenas assume a própria narrativa, e lista uma série de pontos interessantes:

1. O general Soleimani goza de excelente saúde e está ativamente comandando as operações na linha de frente da guerra contra os terroristas na Síria – o que basta para responder com fatos a quaisquer boatos e slogans de propaganda.

2. Não há nem jamais houve "terroristas moderados" nem "rebeldes moderados" nem "oposição moderada" na Síria; todos são terroristas, que só nas fotos da mídia-empresa 'ocidental' aparecem com roupas diferentes e máscaras diferentes.

3. O Grupo 4+1 não pode depender de outros países em qualquer campo, e têm de se organizar entre eles para eliminar os terroristas, trabalhando com seus próprios estrategistas e planejadores, para seus próprios objetivos.

4. A coordenação operacional entre Irã e Rússia na Síria alcança já níveis de alta integração, o que já lhes permite avançar além das linhas de frente do inimigo.

5. A maior parte dos membros do chamado Exército Sírio Livre retiraram-se da região depois que viram os ataques aéreos russos e os comandos que deram combate a forças não sírias. Aquelas forças não sírias, pressupostas forças guerrilheiras, foram vistas naquele cenário em ação tática militar clássica, nada que alguém possa confundir com tática de guerrilhas. Assim sendo, bem podem ser forças militares turcas ou forças militares de outros países. Os comandos de ação Rússia-Irã-Síria-Hezbollah, evidentemente, naquelas circunstâncias, não podiam carregar prisioneiros.

6. Os terroristas ativos naquele confronto usavam equipamento militar muito moderno e avançado para guerra terra-terra e terra-ar, que não se encontra ainda, sequer, em outros países também da OTAN e também aliados dos EUA.

7. Segundo fontes bem informadas que rastrearam as comunicações e contatos wireless entre as forças inimigas, os idiomas que se ouvem/leem mais frequentemente são o árabe, o turco, o russo e o francês, nessa ordem, como idiomas preferenciais dos terroristas. Essa observação é significativa, porque mostra quais os países mais expostos ao risco de aqueles terroristas 'voltarem para casa'; mostra também que a Rússia é obrigada a continuar a combater até a total aniquilação dos terroristas ativos na Síria, para proteger sua própria segurança nacional.*****

Postado por Dário Alok.

Guerra da Síria. Presidente da Turquia pede desculpa à Rússia 4 dias após a derrubada do Avião Militar SU-24.

Foto - Derrubada do Avião Russo SU-24.

O presidente turco, disse que estava muito decepcionado com o incidente da derrubada do avião russo Su-24 e manifestou a esperança de que tais incidentes não voltem a acontecer no futuro.

Foto - Avião Russo SU-24.

"Este incidente nos incomoda muito. Eu realmente espero que isso não aconteça de novo. Vamos discutir esta questão e encontrar uma solução. Na segunda-feira, Paris será o anfitrião da cimeira do clima internacional, isso poderia ser uma oportunidade para restaurar as nossas relações com a Rússia", disse Erdogan em um discurso no sábado (28).
Foto - Turquia não pedirá desculpas à Rússia por incidente do Su-24

Em 24 de novembro, um avião russo Su-24 foi derrubado por um míssil ar-ar, disparado de um caça turco F-16 em resposta a uma suposta violação do espaço aéreo turco, uma acusação negada tanto pelo Estado-Maior da Rússia como pelo Comando de Defesa Aérea da  Síria.
"O confronto não fará ninguém feliz. Como a Rússia é importante para a Turquia, a Turquia é importante para a Rússia. Não nos podemos eliminar uma à outra do horizonte", acrescentou o presidente.
Após o incidente, Erdogan disse que Ancara não iria pedir desculpas pelo incidente.
Erdogan disse mais tarde que as relações com a Rússia eram muito importantes para a Turquia, mas advertiu Moscou contra o que chamou "brincar com o fogo", apoiando o presidente sírio, Bashar Assad.
A Turquia, bem como o Ocidente, não considera Assad como a autoridade legítima do país e apoia a oposição síria que visa derrubar o presidente. A Rússia tem efetuado desde setembro ataques aéreos contra as posições terroristas na Síria, a pedido de Assad.

Leia mais:


1 - Turquia tem medo de voar sobre a Síria, após instalação do uso de sistema Russo de defesa antiaérea S-400. http://maranauta.blogspot.com.br/2015/11/turquia-tem-medo-de-voar-sobre-siria.html

2 - Mercenários latino-americanos operam nos Emirados Árabes Unidos, Golfo Pérsico a serviço de monarquias petrolíferas déspotas.  http://maranauta. blogspot.com.br/2015/11/mercenarios-latino-americanas-operam.html

Link original: http://br.sputniknews.com/mundo/20151128/2909602/presidente-turco-pede-desculpa-a-russia.html#ixzz3snguR238