quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Número de mortes em conflitos agrários no Brasil é o maior dos últimos 13 anos.

reforma agrária
Entre janeiro e novembro deste ano, foram registrados 54 homicídios provocados por disputas por terras, superando os 50 mortos em 2015, segundo levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Com o índice, o ano de 2016 já configura como o mais violento no campo desde 2003, quando 71 foram mortos no campo.
O estado mais violento, Rondônia, somou 17 homicídios. Maranhão ficou na segunda posição do ranking, com 12 mortes, seguido do Pará, com seis.
Ruben Siqueira, da coordenação nacional da CPT, pontua que a ascensão dos números já ocorre há quatro anos, e que os homicídios estão concentrados região Amazônica, “menina dos olhos do mercado mundial”.
Segundo ele, o processo de financeirização das terras, ou seja, a valorização das terras como ativo econômico, e a criação do Terra Legal, programa do governo federal feito para regularizar terras na Amazônia, são determinantes para entender a intensificação dos conflitos.
“Há uma corrida para ter essas terras como futuros investimentos ou com a possibilidade de conseguir sua legalização a preços muito baixos”, disse.
Para a defensora Ilcemara Sesquin Lopes, do Núcleo dos Conflitos Agrários da Defensoria Pública do Estado de Rondônia, o crescimento da violência do campo no estado (que continua no topo da lista dos mais violentos) está relacionado aos retrocessos das políticas públicas do governo federal, já que a maioria dos conflitos está em áreas da União e que compete ao Incra.
Segundo ela, o Estado interveio de forma mais incisiva na região após os grandes conflitos em 2003, através da criação da Ouvidoria Agrária, que foi extinta em 25 de novembro.
“Houve muitas mudanças na diretoria do Incra. Alguns programas que estavam evoluindo, de repente, retrocederam. Há algum tempo que já não há tanta participação do governo federal nas questões agrárias do Estado. É natural que, com isso, a situação volte a ser o que era no passado”, analisou.
Já Siqueira olha com preocupação a “desinstitucionalização do país”. Segundo ele, a diluição de secretarias ligadas à reforma agrária e à agricultura familiar na Casa Civil e a extinção da Ouvidoria Agrária, no dia 25 de novembro, só agravam o quadro de violência.

Falta de proteção

Entre os homicídios contabilizados pela CPT em Rondônia, está o assassinato do casal Edilene Mateus Porto, de 32 anos, e Isaque Dias Ferreira, 34, em setembro. A morte das lideranças da Liga Camponesa foram anunciadas: ela, um anos antes do ocorrido, registrou um boletim de ocorrência informando à Polícia Militar que havia policiais armados rodeando o Acampamento 10 de Maio, onde moravam.
Sesquin Lopes reitera a falta de programas específico para proteção de vítimas e testemunhas de violência e defensores dos direitos humanos no Estado. “A maioria das mortes é anunciada. As pessoas são ameaçadas pelos grandes fazendeiros e outras pessoas que têm interesse na situação, só que pouquíssimas coisas são feitas neste âmbito”, disse.
No final de agosto, o governo estadual criou, através da Lei Nº 3889, o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas do Estado de Rondônia (Provita-RO), que  visa dar proteção às pessoas que estão sendo coagidas ou expostas a graves ameaças, ou que estejam colaborando com investigação ou processo criminal.
Brasil de Fato questionou, por e-mail, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos sobre a quantidade de pessoas que já integram o Provita, mas até o fechamento da reportagem não obteve resposta.
Siqueira afirmou que medidas paliativas são pensadas quando as mortes são noticiadas fora do estado, inclusive internacionalmente. “Nenhuma medida é estrutural, no sentido de atacar as causas da situação. O que tem que ser feito é uma reforma agrária verdadeira e botar pra fora os ilegítimos pretendentes”, disse.

Impunidade

A impunidade completam o “caldo favorável” ao aumento dos conflitos. “Casos que não vão a julgamento dão a sinalização que a terra é sem lei e sem dono”, declarou Siqueira.
Outro levantamento da CPT, de 2015, aponta que, nos últimos 30 anos, apenas 10% dos casos que foram encaminhados à Justiça foram julgados. Dos 1.270 casos de homicídio registrados neste período, apenas 108 tiveram uma conclusão no Judiciário e somente 28 mandantes dos crimes e 86 executores foram condenados por seus crimes.
Sesquin afirma que a situação é resultado de uma polícia sucateada pelo poder político dos latifundiários da região. Além disso, não há estrutura para enfrentá-los”. “O contingente é pequeno. As delegacias não têm estrutura para investigar, e os crimes, tão graves, acabam entrando na vala comum de todos os outros”, avaliou a defensora.
A Defensoria cumpre o papel de intermediação de ocupantes de terra e os supostos donos das áreas e está à frente das negociações com os governos locais e federal. No entanto, Sesquin alega que o atendimento do órgão é “bem limitado”. Em Rondônia, são apenas dois defensores públicos agrários, o que seria pouco para o tamanho do estado, segundo ela.
“Conseguimos atender pouquíssima gente. Mas atuamos tentando fazer a mediação dos conflitos, geralmente para evitar que haja intervenções da polícia de forma agressiva nas reintegrações de posse”, afirmou.

Repercussão

Em nota, movimentos populares e entidades repudiaram as graves violações de direitos humanos em conflitos por terra ocorridos no estado. “No último período, a criminalização e o extermínio tornaram-se a regra, colocando o estado [de Rondônia] como o primeiro do país em assassinatos a lideranças de movimentos sociais camponeses de luta pelo direito à terra”, diz trecho do texto.
O Comitê Brasileiro de Defensores de Direitos Humanos (CBDDH) encaminhou para Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 24 de outubro, pedido de ação urgente para que o governo brasileiro e, especificamente, o governo estadual de Rondônia tomem medidas imediatas que cessem as violações em curso e que impeçam que novas violações aconteçam.
A reportagem buscou o posicionamento, através da assessoria de imprensa, dos ministérios da Casa Civil e da Justiça, que não respondeu até o fechamento.

O legado do desenvolvimento sustentável.

A transformação da realidade de São Paulo com foco nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) tem concentrado esforços por parte de todos os setores do governo do Estado. Definida em setembro de 2015 pela cúpula da ONU, a Agenda 2030 prevê o cumprimento de 17 ODS para a erradicação da pobreza, com equilíbrio nas áreas econômica, social e ambiental.

Decorrido pouco mais de um ano da assinatura do documento de criação do grupo, avançamos na consolidação daquilo que promete ser o maior desafio de todos os tempos para governos, sociedade civil e iniciativa privada.

São Paulo é um Estado de superlativos. Com uma área um pouco maior que o Reino Unido, é a terceira unidade administrativa mais populosa da América do Sul, com mais de 43 milhões de habitantes.

Possui um dos mais altos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da nação, equiparando-se a países como Rússia e Uruguai. Entretanto, a extrema pobreza ainda persiste na realidade de 1,1 milhão de paulistas.

Ao enfrentarmos tamanho contraste, assumimos a responsabilidade de inovar socialmente com a certeza de que não há combate à pobreza sem uma forte ação do Estado.

O compromisso da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de São Paulo com os ODS foi assumido efetivamente com a elaboração do Plano Estadual de Assistência Social (PEAS 2016-2019).

Embora estejamos em consonância com o conceito central em nossos programas e serviços, incorporamos, em nossas ações estratégicas, nove dos 17 ODS: a erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem-estar; igualdade de gênero; trabalho decente e crescimento econômico; redução de desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; paz, justiça e instituições eficazes; parcerias e meios de implementação.

Exemplos bem-sucedidos de iniciativas paulistas suscitaram o interesse de países que figuram na lista dos mais desenvolvidos do mundo. O Programa São Paulo Amigo do Idoso, instituído pelo governador Geraldo Alckmin e que adota os conceitos do envelhecimento ativo da ONU, já atraiu a atenção de gestores da assistência social da China e do Japão.

No campo da erradicação da extrema pobreza, criamos o Família Paulista, que atua de forma intersetorial para o desenvolvimento econômico e social dos núcleos familiares e das comunidades.

No combate à fome, ofertamos mais de 170 milhões de refeições por meio do Programa Bom Prato. Recentemente, foi implantado o "Segunda-feira sem carne", para colaborar com a diminuição dos gases causadores do efeito estufa.

No Programa Recomeço, somos o Estado com o maior número de vagas para dependentes químicos do Brasil, sendo mais de 15 mil internações realizadas com ações efetivas de reinserção social.

É fundamental que governo, sociedade, entidades não governamentais e conselhos criem mecanismos que fortaleçam programas sociais que sintonizem o crescimento econômico com equilíbrio ambiental.

Nosso dever é tornar conhecido o conceito de desenvolvimento social sustentável e garantir transformações reais não só para o nosso país mas para todo o mundo.

Floriano Pesaro

Link: http://port.pravda.ru/busines/07-12-2016/42262-desenvolvimento_sustentavel-0/#sthash.atHAGVnH.dpuf

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

São Luís (MA) recebe o ciclo Esquerda Volver, que acontecerá no dia 16 de dezembro, em São Luís do Maranhão.



Com as presenças confirmadas de Emir Sader, do governador Flávio Dino, dos Professores da UFMA Ilse Gomes e Saulo Pinto,  além de representantes do MST e da CUT. O último debate do ciclo Esquerda Volver no ano de 2016 acontecerá no dia 16 de dezembro, a partir das 14h30, em São Luís, no Maranhão, e contará com transmissão ao vivo da tevê FPA, pela página da Fundação Perseu Abramo no Facebook e pelo portal da instituição.

A atividade é fruto de uma parceria entre a Fundação Perseu Abramo, Central Única dos Trabalhadores (CUT) Maranhão e Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado.

O debate - Pela primeira vez uma sessão do ciclo terá duas mesas de debatedores. 

Participam da primeira mesa, intitulada “A democracia, o impacto do golpe e o futuro da esquerda”, Emir Sader, cientista político e professor do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPFH/UERJ); e Ilse Gomes, professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

A segunda mesa discute o livro “O Brasil que Queremos”, organizado por Emir Sader, que também participa desta mesa, acompanhado de Saulo Pinto, professor do Departamento de Economia da UFMA; Maria Divina Lopes, da coordenação nacional do MST; e Júlia Nogueira, da Executiva da CUT Nacional.

O ciclo. - A direita está na ofensiva. Vivemos em um momento de profunda criminalização dos movimentos sociais, do PT e da esquerda, perseguição a Lula, golpe contra a democracia, PEC 55, corte de programas sociais e propostas de redução de direitos trabalhistas.

Para fomentar o debate sobre como a esquerda precisa se posicionar e agir neste momento difícil, a Fundação Perseu Abramo realiza o ciclo de debates "Esquerda Volver". 

Já ocorreram debates em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Porto Velho (RO) e Salvador (BA). O seguinte deve ser sediado em São Luís (MA), no dia 16 de dezembro.

Programação

14h30 – abertura

15h – Mesa: A democracia, o impacto do golpe e o futuro da esquerda
Expositores:

- Emir Sader, cientista político e professor do PPFH/UERJ;

- Ilse Gomes, professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA.

18h-18h45 – Debate

18h45 – Intervalo

19h – Debate “O Brasil que Queremos”

Expositor:

- Emir Sader

Debatedores(as):

- Saulo Pinto, professor do Departamento de Economia da UFMA

- Maria Divina Lopes, da coordenação nacional do MST.

- Júlia Nogueira, da Executiva da CUT Nacional.

Serviço

6ª sessão do ciclo de debates Esquerda Volver

Data e horário: dia 16 de dezembro (sexta-feira), às 14h30

Local:  Assembleia Legislativa do Maranhão.

Caso Renan Calheiros. Plenário do STF decide que réus em ação penal não podem substituir presidente da República.


Réus em ação penal perante o Supremo Tribunal Federal (STF) não podem substituir presidente da República. Com base nesse entendimento, o Plenário do STF decidiu nesta quarta-feira (7) que, na condição de réu, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não poderá substituir o presidente da República em seus impedimentos eventuais. A maioria dos ministros, porém, votou pela manutenção no cargo de presidente do Senado, referendando parcialmente liminar concedida na segunda-feira (5) pelo ministro Marco Aurélio, que determinava o afastamento do senador da presidência daquela Casa.
A decisão se deu no referendo da liminar proferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 402, na qual a Rede Sustentabilidade questiona a possibilidade de réus em ação penal perante o STF poderem ocupar cargos que estão na linha de substituição na Presidência da República. O julgamento de mérito da ADPF, iniciado em 3 de novembro, foi suspenso por pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Na ocasião, cinco ministros votaram acompanhando o relator no sentido da procedência da ação. Diante do recebimento de denúncia contra Renan Calheiros pelo STF em 1º de dezembro, a Rede pediu o seu afastamento, o que foi deferido pelo ministro Marco Aurélio.
Na sessão de hoje, a liminar foi referendada apenas em parte. Para seis ministros, não há risco iminente que justifique o afastamento do senador do cargo, sendo suficiente a restrição de ocupar a presidência da República.
Relator
O ministro Marco Aurélio reiterou os termos da liminar e mencionou os votos já proferidos no início do julgamento da ADPF 402. Citou ainda o julgamento da Ação Cautelar (AC) 4070, que afastou o então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adotando entre outros fundamentos a alegação de que ele não tinha condições de exercer a presidência da Casa, exatamente por ser réu em ação penal. Segundo o ministro, não há que se falar em indevido afastamento, por decisão monocrática, de presidente de outro Poder, “mas, sim, na observância estrita da Constituição Federal, consoante interpretação assentada e executada pelo Supremo”. No mesmo sentido, votou o ministro Edson Fachin.
A ministra Rosa Weber, que também acompanhou o relator, lembrou seu voto no julgamento de mérito da ADPF 402, reiterando que, em sua compreensão, quem não preenche os requisitos para exercer a Presidência da República não pode assumir ou permanecer em qualquer dos cargos na linha de substituição e sucessão. “Embora se trate de uma vedação relacionada ao preenchimento de condição subjetiva do ocupante do cargo, mostra-se plenamente objetiva no tocante à sua aferição, por independer de qualquer juízo de valor ulterior, ou seja, ostentar a condição de réu em ação penal instaurada ou em trâmite no STF”, afirmou.
Divergência
O ministro Celso de Mello abriu a divergência no sentido de limitar os efeitos da liminar para impedir o exercício temporário da Presidência da República por quem figure como réu em ação penal no STF, sem, contudo, afastar o senador Renan Calheiros da presidência do próprio Senado. O decano fundamentou seu voto nos princípios da independência e da harmonia entre os Poderes, e assinalou que, no caso concreto, não há urgência para o afastamento de Calheiros, porque a substituição imediata do presidente da República recairá sobre o presidente da Câmara dos Deputados. Ele ainda explicitou seu voto proferido no julgamento de mérito na ADPF 402, de modo a ajustar a parte dispositiva aos fundamentos que o embasaram. Assim, ele esclareceu que julgou parcialmente procedente o pedido formulado na ADPF, para consignar que os substitutos eventuais do presidente da República, caso figurem na posição de réus criminais perante o Tribunal, ficarão unicamente impossibilitados de exercer a Presidência da República, embora possam exercer a chefia e direção de suas respectivas Casas. O ministro Dias Toffoli acompanhou a divergência aberta pelo ministro Celso de Mello.
No mesmo sentido votou o ministro Teori Zavascki, lembrando que, em ação de sua relatoria que resultou no afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara, o fato de ocupar a linha sucessória da presidência da República não foi o único motivo da decisão: Cunha também era acusado de interferir em investigações criminais em curso. No caso do presidente do Senado, ele entende que a liminar deve se restringir aos limites estritamente necessários para estancar o dano irreparável. “Não me parece defluir da condição de presidente do Senado em fins de mandato outro risco de dano que não o eventual exercício do cargo de Presidente da República”, afirmou.
Também seguindo a divergência, o ministro Luiz Fux observou que, embora no julgamento de mérito tenha votado no sentido de que réu perante o STF não pode substituir o Presidente da República, não há previsão constitucional para seu afastamento. Para o ministro, o país vive uma “anomalia institucional”, e o afastamento do presidente do Senado representaria o perigo da demora inverso, pois existe uma agenda nacional que exige deliberação imediata.
O ministro Ricardo Lewandowski também votou seguindo a divergência ao entender que o fato de já haver maioria no julgamento do mérito da ADPF não é suficiente para configurar a plausibilidade jurídica do pedido, porque este resultado ainda é provisório. “O julgamento ainda não findou, sendo possível a alteração do voto de qualquer magistrado até a proclamação final do resultado”, afirmou. Quanto à possibilidade concreta de dano ou prejuízo de difícil reparação, Lewandowski destacou que a Rede não trouxe aos autos dado concreto que corroborasse o requisito, salvo a circunstância de o STF ter recebido a denúncia. “Não há nenhum indício de que o Presidente da República venha a ser substituído pelo do Senado em período próximo, sobretudo porque o primeiro na linha de substituição é o presidente da Câmara”, complementou.
Presidente
Antes de proferir seu voto, também seguindo o entendimento do ministro Celso de Mello, a ministra Cármen Lúcia reafirmou sua crença na necessidade de união e da harmonia entre os Poderes e do respeito à Constituição. “Em benefício do Brasil e da Constituição da qual somos guardiões, neste momento impõe-se de forma muito especial a prudência do Direito e dos magistrados. Estamos tentando reiteradamente atuar no máximo de respeito e observância dos pilares da República e da democracia”, afirmou a presidente do STF.
No voto, a ministra – que ainda não votou no mérito da ADPF – assinalou que a lei exige requisitos muito estritos para o deferimento de liminar antes do término do julgamento da ação principal e da finalização do inquérito no qual o interessado se tornou réu, sobretudo para que o afastamento seja imediato, sem, inclusive, o cumprimento dos prazos de regimento e normas de outro Poder. “É da harmonia e independência dos Poderes que teremos que extrair as diretrizes para o julgamento”, destacou.

Leia mais:
FT,PR,CF/AD

Brasil - MPF firma acordo com Caixa e Banco do Brasil para prevenir desvio de recursos federais repassados a estados e municípios.

Resultado de imagem para 7 de dezembro  Dia Internacional de Combate à Corrupção.


O objetivo é assegurar as normas estabelecidas nos Decretos nº. 6.170/07 e nº. 7507/11 - que estabelecem a movimentação e a transferência dos recursos
A Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (MPF) firmou, nessa terça-feira, 6 de dezembro, acordo com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF) para prevenir desvios de recursos da União repassados a estados e municípios. O termo de ajustamento de conduta prevê a implementação de medidas que permitirão o rastreamento de toda e qualquer movimentação desses valores, além de impedir a transferência de verbas para contas sem a devida identificação e a motivação do repasse.
A iniciativa foi anunciada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na manhã desta quarta-feira, 7 de dezembro, durante evento em homenagem ao Dia Internacional de Combate à Corrupção. Para Janot, o acordo permitirá “um enorme salto de qualidade no controle da circulação dos valores públicos que são depositados nesses bancos”.
De acordo com o termo de ajustamento de conduta, os bancos devem implementar, até janeiro de 2017, sistema informatizado para controlar, de forma mais efetiva, a movimentação de recursos liberados pelo governo federal para fins específicos, por meio de convênios, fundos etc. Com isso, ficará impossibilitada a transferência de recursos da conta específica, aberta para receber o repasse de dinheiro federal, para outras contas de titularidade do estado/municípios, as chamadas “contas de passagem”. Segundo o MPF, a manobra era utilizada pela misturar recursos da União com verbas de outra origem, tornando impossível saber se a verba federal foi aplicada na sua finalidade.
Além disso, não serão mais permitidos saques na boca do caixa de valores superiores a R$ 800 e as transferências bancárias só serão efetivadas se o gestor informar o CPF ou CNPF do destinatário do recurso, assim como a finalidade do repasse.
Prevenção à corrupção – O termo firmado assegura, na prática, o cumprimento de normas estabelecidas nos Decretos nº. 6.170/07 e nº. 7507/11, que regulamentam a movimentação e a transferência de recursos repassados pela União aos entes federados, explica a coordenadora da Câmara de Combate à Corrupção do MPF em exercício, subprocuradora-geral da República Mônica Nicida. “É uma medida importantíssima, especialmente no âmbito da prevenção da corrupção, pois será possível acompanhar de maneira precisa a trajetória do recurso, prevenindo desvios e usos indevidos”.
A atuação preventiva também foi destacada pelo Procurador Geral da República. “O TAC mostra que a atividade do MPF não é só repressiva, a gente também trabalha na prevenção. A prevenção é o melhor remédio no combate à corrupção”, enfatizou Janot.
Veja a íntegra dos documentos:

A guerra da Síria e o uso dos mísseis mar-terra Russos. Valentin Vasilescu.

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Foto - Voltairenet.org
Na Síria, o exército russo conseguiu compensar a retirada das suas três esquadrilhas de bombardeiros com mísseis modernos lançados a partir de navios de guerra. 
BUCARESTE (ROMÊNIA) - 
As ações militares empreendidas pela Rússia contra os terroristas do Daesh (E.I.) na Síria criaram surpresa no mundo inteiro. Depois de ter desmontado o mito segundo o qual os aviões russos seriam incapazes de realizar ataques com armas de precisão, agora a Rússia quebra um outro mito, segundo o qual os navios russos são velhos e mal armados por comparação com os das frotas militares ocidentais.
No fim do mês de Outubro, o Exército Árabe Sírio conseguiu cercar e isolar, completamente, cerca de 7 a 10 000 combatentes da Fatah Jabhat al-Sham (antiga Frente al-Nusra, o ramo sírio da Al-Qaida) e do Daesh(EI) no Leste de Alepo.
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Após o sucesso desta operação, a ofensiva do Exército Árabe Sírio em Alepo Ocidental, que provocou mais de 1. 000 mortos entre os combatentes do Fatah al-Sham e Jabhat Jaish al-Fatah, criou grandes brechas no dispositivo dos mercenários islamitas. 
O Exército Árabe Sírio pôde assim introduzir, maciçamente, blindados através destas brechas e conseguiu atingir um avanço considerável.
O único obstáculo ao êxito do Exército Árabe Sírio poderia acontecer pelo envio de reforços aos mercenários islamistas, pelos seus companheiros concentrados numa zona da província de Idlib, situada a 30-40 km da cidade de Alepo. 
Cerca de 20.000 mercenários islamistas estão colocados nesta zona de concentração, sendo que alguns deles foram armados e treinados para operações clandestinas pela CIA e pelo Pentágono. Para evitar o afluxo de mercenários islamistas ao Oeste de Alepo, a Rússia decidiu aumentar a sua Força Aérea táctica, já implantada na Síria, com um grupo naval capaz de assegurar golpes de alta precisão.
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O Grupo naval russo recentemente colocado no Mediterrâneo Oriental é composto pelo porta-aviões Almirante Kuznetsov, pelo cruzador de propulsão nuclear Pedro, o Grande, pelos destróieres Severomorsk e Vice-Almirante Kulakov e pela fragata Almirante Grigorovich
O porta-aviões russo desloca 60.000 ton, tendo a bordo 14 aviões multi-função Su-33, quatro MiG-29K (entre os 20 MiG-29K/ KUB que podem ser embarcados), 4 aeronaves de treino de ataque ao solo Su-25 UTG/UBP e 14 helicópteros anti-submarino Kamov Ka-27PLO. 
Cada avião embarcado está armado com dois mísseis ar-terra, de tipo Kh-29 L/T e T Kh-25 (guiados por laser e câmara foto), lançados a partir de uma altitude de 10.000 metros e a uma distância de 10-12 km do alvo.
O porta-aviões Almirante Kuznetsov, está armado com outros meios ofensivos como mísseis navio-navio P-700 Granit, com um alcance de 625 km, voando a Mach 1,6-2,5 e podendo ser utilizados contra alvos terrestres. 
O cruzador Pedro, o Grande, está igualmente armado com mísseis P-700 Granit, enquanto os destroiéres Severomorsk Vice-Almirante Kulakov têm misseis P-270 Moskit, com um raio de acção de 250 km e uma velocidade de Mach 2,5 (2.800 km/h) e que podem igualmente ser utilizados contra alvos terrestres. 
A fragata Almirante Grigorovich está equipada com mísseis de cruzeiro Kalibr (raio de ação de 1400-2500 km) e mísseis Oniks com um alcance de 600 km e uma velocidade de Mach 2.5.
A bordo dos navios de guerra russos, que compõem a força-tarefa colocada no Mediterrâneo Oriental, existem cerca de 1.000 mísseis que poderão ser usados contra os mercenários islamistas. 
Devido à melhoria das relações com a Turquia, a Rússia tem capacidade para substituir diariamente os mísseis lançados pelos seus navios, graças a navios de transporte que transitam pelos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos. A distância entre a zona de concentração dos mercenários islamistas na província de Idlib e a posição do Grupo naval russo é de 100-150 km. 
Assim, os mercenários islamistas de Idlib estão ao alcance do Grupo naval russo, tal como o Leste de Alepo, até agora controlado pelos mesmos mercenários islamistas. Se as duas esquadrilhas de bombardeiros ligeiros russos que ficaram em operação na base síria de Hmeymim têm a capacidade para lançar, cotidianamente, 72 a 80 bombas ou mísseis, o Grupo naval russo pode lançar o mesmo número de bombas ou mísseis diariamente com as duas esquadrilhas de aviões embarcadas no porta-aviões. 
Além disso, 100 outros tipos de mísseis mar-terra podem ser lançados a partir do porta-aviões Almirante Kuznetsov, do cruzador Pedro, o Grande, dos destroyers e fragatas do Grupo naval. 
No final, os russos conseguem cumprir assim as suas missões sem trazer de volta, ao local, as três esquadrilhas de bombardeiros que haviam retirado, a 14 de Março de 2016, da base síria de Hmeymim.
Tradução 

Manaus. Avião caiu com seis passageiros a bordo, Não houve sobreviventes.

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Foto ilustrativa - avião Embraer 721 D.  

ATUALIZAÇÃO: Seis pessoas morreram após a queda de um avião de pequeno porte na reserva ambiental do Mindu, em Manaus (AM). 

A aeronave modelo Embraer 721 D, com capacidade para 8 pessoas, decolou do aeródromo de Flores por volta de 8h e seguia para o município de Novo Aripuanã. A queda ocorreu logo após a decolagem.

Segundo o tenente João Filho, do Corpo de Bombeiros de Manaus, seis pessoas estavam no avião, entre elas uma criança. “Quatro passageiros, inclusive a criança, ficaram entre os escombros e morreram com a colisão e com o incêndio que ocorreu, morreram carbonizadas. O piloto foi arremessado para fora da aeronave e ficou a uns dez metros de distância”, ressaltou João Filho.

Jefferson Luiz Janzen foi socorrido em estado gravíssimo e encaminhado ao Hospital 28 de Agosto, com 99% do corpo queimado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Os outros ocupantes da aeronave eram João Frederico, Henrique Tiez Neto, Ruan Lemos, Ana Alice Gomes e o comandante João Jerônimo.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já realizou perícia e está investigando as causas do acidente. Entretanto, já adiantou que não foi encontrado nenhuma irregularidade com a matrícula da aeronave.

*matéria alterada às 16h51 para atualização, já que o sobrevivente em estado grave faleceu. O texto foi atualizado novamente às 17h20 para inclusão dos nomes das vítimas


Edição: Amanda Cieglinski.

Seis pessoas morreram após a queda de um avião de pequeno porte na reserva ambiental do Mindu
Tenente João Filho/Corpo de Bombeiros de Manaus
Um avião que transportava seis pessoas a bordo caiu hoje (7), quarta-feira, em Manaus, no Amazonas. Cinco dos passageiros morreram e um sobreviveu.


O avião Embraer 720 era da empresa Tio Táxi Aéreo.

Como informa o site da Band, uma menina de 4 anos está entre as vítimas. A equipe de resgate foi enviado ao local de acidente. 

O piloto da aeronave morreu no acidente. Ainda não surgiu nenhuma informação sobre o sobrevivente. 

O avião partiu às 7h45 e teve que voar até o município de Novo Aripuanã, que fica a 227 km do ponto de partida.


Link desta matéria: https://br.sputniknews.com/brasil/201612077088439-acidente-aereo-em-manaus/