domingo, 29 de dezembro de 2013

A NSA e a compra dos caças suecos pelo Brasil

Sugerido por jns - do blog Ottawacitizen.

Será que a espionagem da NSA ao Brasil permitiu que o Gripen ganhasse um contrato de bilhões de dólares que poderia ser da Boeing?


O Brasil fez, recentemente, a opção pela compra do avião de combate Gripen, construído pela Saab, como o seu novo avião militar, estabelecendo um contrato de US $ 4,5 bilhões.

A Força Aérea do Brasil foi informada da decisão do governo, pela presidente Dilma Rousseff, apenas 24 horas antes do anúncio público na semana passada.

Mas pouco antes do anúncio, a Boeing era vista como a favorita com o seu Super Hornet. 

A espionagem americana interferiu na decisão de compra do avião de combate sueco?

“As autoridades brasileiras disseram que o acordo, um dos contratos do sistema de defesa de mercados emergentes mais cobiçados no mundo, foi formalizado com a Saab, pela opção mais acessível para a aquisição dos novos jatos, bem como por melhores condições para a transferência de tecnologia para os parceiros locais”, informou a Reuters.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, acrescentou: "Levamos em conta o desempenho, a efetiva transferência de tecnologia e os custos, não só de aquisição, mas de manutenção".

Até este ano, o F/A-18 Super Hornet da Boeing era considerado o principal candidato. 

As revelações de espionagem feitas pela Agência de Segurança Nacional dos EUA no Brasil, incluindo a interceptação da comunicação pessoal da presidente Dilma Rousseff, levou o país a acreditar que não podia confiar em uma empresa americana.

"O problema envolvendo a NSA arruinou o acordo para os norte-americanos", disse uma fonte do governo brasileiro em condição de anonimato.

Uma fonte dos EUA, próxima às negociações, disse que “todas as informações que a inteligência e a espionagem entregou para o governo americano era incapaz de compensar a perda comercial.”

"As revelações valem 4 bilhões de dólares?", perguntou a fonte.


As recentes reclamações e lamentações da Cisco Systems Inc, em novembro, revelaram que a reação contra a espionagem do governo dos EUA contribuiu para reduzir a demanda pelos seus produtos na China.

Comunicado da Boeing

"A Boeing está ciente do anúncio do Brasil que não selecionou o Super Hornet F-X2 para cumprir as exigências da Força Aérea Brasileira. 

Embora a decisão seja decepcionante, em nada diminuirá o compromisso contínuo da empresa para aumentar a sua presença, expandir as parcerias e apoiar as necessidades de segurança do país. 

Ao longo das próximas semanas, iremos trabalhar com a Força Aérea Brasileira para entender melhor esta decisão. 

A nossa participação na competição oferecia a oportunidade de estabelecer parcerias significativas, colaborar com o governo brasileiro e a indústria, que continuarão a se expandir, independentemente da decisão sobre o F-X2".

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