Dilma visita sobreviventes em hospital de Santa Maria
Acompanhada por ministros, pelo governador do Rio
Grando do Sul, Tarso Genro, e pelo prefeito de Santa Maria, Cezar
Schirmer, presidente Dilma Rousseff conversou com feridos do incêndio na
boate Kiss no Hospital de Caridade e seguiu para o ginásio do Centro
Desportivo Municipal (CDM), onde estão parentes dos mortos. Após 15
minutos no local, onde chorou ao consolar pais de vítimas, a presidente
seguiu para Brasília.
247 - A presidente Dilma Rousseff foi ao Hospital de Caridade, onde visitou as vítimas do incêndio da boate Kiss, informa o Diário de Santa Maria.
Dilma chegou ao local por volta das 13h56min, acompanhada dos ministros
Alexandre Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando
Pimentel (Desenvolvimento), Maria do Rosário (da Secretaria de Direitos
Humanos).
Ainda no Chile, a presidente anunciou o cancelamento de sua
agenda na cúpula entre América Latina e União Europeia. "É uma tragédia
para todos nós. Não vou continuar na reunião, por razões muito claras.
Diante do que ocorreu, quem precisa de mim hoje é o povo brasileiro e é
lá onde eu tenho de estar", disse.
Acompanhavam Dilma na visita ao hospital o governador do Rio Grande
do Sul, Tarso Genro, e o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer. A
presidente chegou a Santa Maria, às 13h35, Segundo informações do
Hospital de Caridade. Há entre 50 e 70 pessoas internadas no local.
Dilma e os ministros se reuniram no terceiro andar do hospital.
Após a visita às vítimas no Hospital de Caridade, a presidente se
dirigiu ao ginásio do Centro Desportivo Municipal (CDM), onde estão os
corpos das vítimas do incêndio da boate Kiss, que ocorreu por volta das
2h30min deste domingo.
A presidente ficou por cerca de 15 minutos no
local, onde cumprimentou familiares das vítimas e chorou ao consolar
pais de jovens mortos na tragédia. Dilma foi embora sem falar com a
imprensa e seguiu para Brasília.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/91841/Dilma-visita-sobreviventes-em-hospital-de-Santa-Maria-Dilma-visita-sobreviventes-hospital-Santa-Maria.htm
Irresponsabilidade criminosa matou 232 na boate Kiss.
Bombeiros atestam que alvará de funcionamento da
boate Kiss estava vencido; tragédia matou 232 pessoas (inicialmente, o
número informado de mortos era de 245) e ainda há dezenas de feridos;
donos do estabelecimento, que já havia sido notificado para regularizar a
situação, não foram localizados; maior número de mortes ocorreu por
asfixia; vídeos.
27 de Janeiro de 2013 às 12:35.
Do Diário de Santa Maria - O alvará do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio da boate Kiss, cenário de uma tragédia que
vitimou 232 pessoas (o primeiro número dava conta de 245 mortes), na
madrugada deste domingo em Santa Maria, na região central do Estado,
estava vencido desde agosto de 2012. A informação é comandante geral do
Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo.
Segundo o comandante, os bombeiros locais já haviam notificado a
boate para que providenciasse a renovação do alvará, mas isso ainda não
teria ocorrido.
Ainda conforme o comandante, o fato de a boate ter a liberação anterior significa que a casa noturna possuía o número de extintores de incêndio necessários, sinalização (indicando as saídas) e iluminação de emergência (que garante luminosidade por cerca de uma hora em casos de falta de energia).
Os bombeiros abrirão uma sindicância para verificar possíveis irregularidades.
— A informação que temos é que a maioria das pessoas morreu por asfixia. Algumas tiveram queimaduras. Mas temos a informação de seguranças da boate teriam barrado a saída das pessoas e que teria mais pessoas do que a capacidade do local — disse o comandante.
Os donos da boate não foram localizados pelo Diário para comentar o ocorrido.
A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria já começou a ouvir testemunhas e vai investigar o caso.
Ainda conforme o comandante, o fato de a boate ter a liberação anterior significa que a casa noturna possuía o número de extintores de incêndio necessários, sinalização (indicando as saídas) e iluminação de emergência (que garante luminosidade por cerca de uma hora em casos de falta de energia).
Os bombeiros abrirão uma sindicância para verificar possíveis irregularidades.
— A informação que temos é que a maioria das pessoas morreu por asfixia. Algumas tiveram queimaduras. Mas temos a informação de seguranças da boate teriam barrado a saída das pessoas e que teria mais pessoas do que a capacidade do local — disse o comandante.
Os donos da boate não foram localizados pelo Diário para comentar o ocorrido.
A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria já começou a ouvir testemunhas e vai investigar o caso.
Confira, neste link, vídeo com cenas da tragédia.
Abaixo, vídeo com imagens do resgate:
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/91834/Irresponsabilidade-criminosa-matou-232-na-boate-Kiss-Irresponsabilidade-criminosa-matou-245.htm
Extintor falhou e seguranças bloquearam saída
À medida que as vítimas que sobreviveram à
tragédia em Santa Maria vão dando depoimentos, as razões de tantas
mortes começam a ser esclarecidas. Além do despreparo estrutural da
boate Kiss para casos de emergência, o procedimento após o incêndio
parece ter contribuído para o desastre. Segundo depoimento de
sobrevivente à Rádio Gaúcha, o incêndio começou fraco, mas o extintor de
incêndio não funcionou
247 - Começam a se delinear as causas da
tragédia que matou quase 300 pessoas em boate. Segundo depoimento de
sobrevivente à Rádio Gaúcha, o incêndio começou fraco, e o extintor de
incêndio não funcionou. Quando o fogo aumentou, houve correria em
direção à única saída. Mas os seguranças bloquearam a saída e exigiram
que as comandas fossem pagas antes de as pessoas deixarem o local.
Leia sobre a dificuldade dos bombeiros para entrar no local:
Diário de Santa Maria
- O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Guido Pedroso Melo,
contou que cerca de 85 bombeiros que chegaram ao local da tragédia em
Santa Maria encontraram dificuldades em entrar no local.
De acordo com Melo, os bombeiros resgataram cerca de 150 pessoas com
vida de dentro da boate Kiss. Segundo ele, os profissionais encontraram
dificuldades em entrar no local por haver "uma barreira de corpos"
próximo à entrada da boate. Pedroso Melo revela que relatos de jovens
teriam dito que a porta da boate teria demorado de cinco a dez segundos
para ser liberada pelos seguranças da boate.
Segundo o comandante, inicialmente, ainda na madrugada, os bombeiros
tiveram que remover os corpos — que se encontravam próximo da porta de
saída — e, quase todos, já estariam mortos. De acordo com Melo, à medida
que os bombeiros entravam no local eram encontrados os corpos das
vítimas grudados, em função do calor do incêndio.
Ele relata que a maior parte dos corpos estava dentro dos dois
banheiros da boate. Muitos acabaram correndo em direção ao banheiro por
acreditar que seria uma porta de saída. A maior parte acabou morrendo
asfixiada. O comandante geral também conta que teriam passado pela boate
entre 1,5 mil e 2 mil pessoas. No entanto, a capacidade seria de 800 a
900 pessoas.
Alvará de incêndio estaria vencido
O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Guido Pedroso Melo,
conta que o alvará de incêndio — que é concedido pelos bombeiros —
estava vencido desde o ano passado. A boate foi notificada, mas não
cumpriu com a exigência de adequação feita pelos bombeiros.
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